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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MEU AMOR AO BOTAFOGO

Por Luiz Fernando - do Blog



______________________________Uma história alvinegra

Meus queridos amigos botafoguenses.

Eu disse um dia lá atrás que mandaria a vcs a minha história de como tudo começou e me senti botafoguense.

Muitos dias se passaram e após a brilhante história do Heleno, fiquei matutando qual seria o dia em que poderia contar a todos os alvinegros a minha vida desde os 7 anos de idade até os dias de hoje. E este dia chegou após ler uma frase do nosso querido Paret, onde ele dizia: "ISTO É SER BOTAFOGO".


Tudo começou em 1957, quando meu querido pai foi convidado a ser dirigente das categorias de base do Botafogo, tendo sido vitorioso em todos os campeonatos de infanto-juvenil e juvenil nos anos de 57/58. Como eu era filho homem único eu o acompanhava sempre nos treinos, nos jogos, enfim minha infância foi cultivada em GENERAL SEVERIANO. E olha que sou sobrinho de grandes Beneméritos do Fluminense Futebol Club.


Durante alguns anos pude desfrutar da convivência dos ídolos imortais DIDI, NILTON SANTOS, GARRINCHA, PAMPOLINE, PAULO VALENTIN, EDSON, ADALBETTO, BETO, TOMÉ, QUARENTINHA, ZAGALLO, JOÃO SALDANHA, NENEM PRANCHA, enfim só nós podemos escrever isso, e deve dar uma inveja danada naqueles que tiveram que assistir estes craques dilacerarem o que viam pela frente, e imagine poder bater uma bola com esta turma toda, almoçar com eles antes dos jogos em General Severiano, isso na minha memória é tão presente que se torna inesquecível.

Na minha infância, ou seja, dos 7 aos 11 anos, pude bater bola com o grande Didi após os treinos, (os grandes craques da época tinham o elogio de cobra) e ele carinhosamente me chamava de cobrinha. Foram anos de sonho, e que me encheram de esperança de um dia ser jogador de futebol do Botafogo.


Mas o destino assim não quis. Meu pai se dedicava tanto ao clube que infelizmente esqueceu da sua empresa e a largou nas mãos de um seu contador (provavelmente flamenguista), que infelizmente fez o serviço sujo e o levou à banca rota.

Tivemos que abandonar o clube em virtude de tantas dívidas contraídas por meu pai. Inúmeras não foram saldadas e isto levou nossa família a recomeçar do zero nossas vidas e quase a morrer de fome, quando tive que, aos quatorze anos, junto com minha irmã mais velha (ambos éramos atletas do clube), trabalhar para poder sustentar nossa família.

Eu tinha sinceramente tudo para hoje detestar ou até mesmo odiar o Botafogo de Futebol e Regatas, pois todo aquele sonho que tinha, de repente foi por água abaixo pelo amor que meu pai tinha ao clube da Estrela Solitária a ponto de abandonar sua empresa e a largar nas mãos de um irresponsável que a detonou em pouco tempo. O mais incrível disso tudo é que fui padrinho de sua única filha a seu pedido.


Mas como disse nosso grande Marcos Paret, ser botafoguense é isso, acreditar sempre que as coisas por piores que sejam sempre vão melhorar. O Botafogo é o ar que respiramos, não vivemos sem ele. Quem conviveu com grandes jogadores como aqueles que citei lá em cima, posso dizer hoje após 55 anos passados que se trata de uma das melhores lembranças que tenho na vida. Isso é único, é maravilhoso, e me enche de orgulho, pois ser botafoguense é ter paz no coração.

Fica ai a minha história de como me tornei um botafoguense de corpo e alma, muito disso credito a meu pai, que mesmo tendo levado na cabeça por causa em parte do clube, jamais deixou de amá-lo e fez questão de que em cima de seu caixão estivesse a bandeira do clube ao qual dedicou parte de sua vida.

Muito obrigado Botafogo, por existires na minha vida nestes 62 anos de existência. A você devo em parte a minha memória e a minha vida esportiva até os dias de hoje.

EU TE AMO, BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS.


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